Constatando o ato de peregrinar
Já ouvimos por aí que aqui estamos só de passagem...que este não é o nosso reino. Mas, se partimos pela ótica de que existe apenas um lugar,um único reino, então, habitamos no mesmo mundo de todos os seres.O que é uma viagem mundana senão uma viagem do próprio ser espiritual? Desta forma, passam assim todos os momentos e situações, onde quer que estejamos, sendo aventuras espirituais.
Existem viagens que nos fazem peregrinar para terras muito mais distantes que aquelas planejadas. Tudo vai depender de como voltamos de cada jornada, o que verdadeiramente aprendemos que sirva de exemplo para nossa busca incessante.
A vida nos atordoa, nos chacoalha, nos golpeia, nos acaricia, nos ensina, nos mostra nossas facetas, peripécias, elocubrações, falhas, dores...tudo o que gostamos e também o que não gostamos...em nós e nos outros. E é este o ponto culminante de um mergulho em si que uma viagem traz a superfície...aquilo que nos desagrada em nós e nos outros é o que nos difere, é o que nos separa e é o que nos faz desamar.
Somos seres imperfeitos em busca da perfeição, mas a não aceitação disto não nos deixa amar o que somos...não nos deixa amar o que cada um é. Não respeitamos a perfeição de neste momento sermos imperfeitos.
Enquanto segregarmos o que nos é diferente, não conseguiremos amar a todos e a tudo. Não conseguiremos simples e incondicionalmente amar ...
A viagem se esvai, mas a lição fica... no coração.