terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Oh Criador de tudo e todas as coisas


Deixando as palavras virem com o vento que soa agora aos meus ouvidos...

Óh Criador de tudo e todas as coisas
Quantas coisas belas criastes
Quantos lugares distantes e tão mirabolantes
Quantas vidas que começam e terminam e se findam e se voltam...
Sem fim...

Óh Criador de tudo e todas as coisas
Quanta pequenês diante de tudo isto que se está
Quanto tempo levastes para desenhar tudo isto?
Quantas cores usastes para pintar o céu e o mar?
Sem fim...

Óh Criador de tudo e todas as coisas
Quantas histórias por este mundo que está aos olhos nossos de todo dia
Quantos caminhos iremos percorrer até vermos o que esta fora no que está dentro?
Quanto tempo levaremos para entender o que nos habita?
Sem fim?

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Nossas escolhas


Nossas escolhas

Num pequeno instante estávamos crianças, brincando, descobrindo, observando tudo e a todos...a vida fluía e íamos com ela, a tocávamos com nossos dedinhos curiosos e sem questionar vivíamos um dia de cada vez, o momento presente apenas...Claro que neste início era muito mais difícil lidar com as frustrações, com o medo, com aquilo que não podíamos tocar...pois o único instrumento que tínhamos era um choro que vinha como uma rajada de vento, mas o tempo ia passando e esse vento ia se tornando uma brisa e logo se acalmava...pronto...mudávamos o foco e nosso olhar descobridor encarava outro canto do mundo...

E assim o tempo foi passando...

Nos anos que se seguem até o último instante respirado, nós temos comportamentos que nos trazem a superfície àqueles segundos frustrantes ou àqueles lapsos de medo...eles retornam e demoramos noites, dias, anos pra mudar o foco, pra sair daquilo e ao mesmo tempo, com todas as experiências e tudo o que aprendemos no decorrer de nossas vidas não são usados de imediato, ou seja, temos muito mais que um instrumento de choro para alavancar nossos corações desta Samsara aprisionada que nos colocamos. Temos bases que nos fortalecem e nos fazem argumentar com nossas mentes. Temos técnicas de respiração,meditação,dança, pontos pelo corpo, chakras e tantas coisas mais...temos ensinamentos dos Mestres Celestiais, pelo menos a maioria, uma espiritualidade que a cada dia alcança um patamar diferenciado, menos arraigado aos conceitos mundanos...dogmas vão ficando desgastados e obsoletos e vamos ampliando e transcendendo essa conexão...

E por que, pergunto,no momento da dor, do medo, do desamparo, demoramos tanto pra nos conectarmos com nossa verdade interior, com nossas ferramentas que estão aí ao nosso dispor? Por que demoramos tanto pra dançar? Pra sorrir? Pra brincar? Pra respirar profundamente? Pra nos alongarmos? Pra ficar em paz com nós mesmos? Pra sermos felizes?

Por que escolhemos sofrer?

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Constatando o ato de peregrinar

Constatando o ato de peregrinar

Já ouvimos por aí que aqui estamos só de passagem...que este não é o nosso reino. Mas, se partimos pela ótica de que existe apenas um lugar,um único reino, então, habitamos no mesmo mundo de todos os seres.O que é uma viagem mundana senão uma viagem do próprio ser espiritual? Desta forma, passam assim todos os momentos e situações, onde quer que estejamos, sendo aventuras espirituais.

Existem viagens que nos fazem peregrinar para terras muito mais distantes que aquelas planejadas. Tudo vai depender de como voltamos de cada jornada, o que verdadeiramente aprendemos que sirva de exemplo para nossa busca incessante.

A vida nos atordoa, nos chacoalha, nos golpeia, nos acaricia, nos ensina, nos mostra nossas facetas, peripécias, elocubrações, falhas, dores...tudo o que gostamos e também o que não gostamos...em nós e nos outros. E é este o ponto culminante de um mergulho em si que uma viagem traz a superfície...aquilo que nos desagrada em nós e nos outros é o que nos difere, é o que nos separa e é o que nos faz desamar.

Somos seres imperfeitos em busca da perfeição, mas a não aceitação disto não nos deixa amar o que somos...não nos deixa amar o que cada um é. Não respeitamos a perfeição de neste momento sermos imperfeitos.

Enquanto segregarmos o que nos é diferente, não conseguiremos amar a todos e a tudo. Não conseguiremos simples e incondicionalmente amar ...

A viagem se esvai, mas a lição fica... no coração.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Propósito da vida


Propósito da vida

Todos temos nossas crenças, aquilo que acreditamos como verdade. Tem também aqueles que dizem não ter crença alguma,mas o fato é que seu conceito se baseia em não acreditar em nada, isso também é uma crença. 

Quando soa em nosso coração que uma folha só cairá da árvore se assim for a vontade do Pai, nos é dito que somos cristãos porque este ensinamento veio do Cristo. 

Quando o que acreditamos esta ancorado na Lei da Impermanência, onde tudo está em transformação e nada fica permanentemente para sempre somos então adeptos do Buda. 

Ou quando Krishna e a sabedoria Vedanta nos deixou “Tat Vam Asi"... ou seja "Tu és Aquilo". Segundo esta filosofia, o Atma é a única realidade, o resto seria Maya (ilusão) ou Avidhya (ignorância). 

E quando se crê que existe algo além da matéria e que viemos para viver isto em formas de provas e expiações e que isto é para a evolução do espírito, é então intitulado de pensamento espírita. Mensagens de um espírito codificado por Alan Kardec. 

Temos mais tantas outras formas de se ver a vida...no passado tantos rituais de sacrifícios de seres era ofertado a divindades para se ter boa colheita ou para aplacar a fúria da natureza...os patuás que tantos de nós já carregamos...os terços rezados...as promessas pagas...a oferenda ao altar...o incenso aos antepassados...os banhos nos rios sagrados...os barcos e flores ao mar...o pedido a Deus pra que tudo seja diferente...ou apenas agradecer...

Se baseando em todas estas direções que damos as nossas verdades qual seria o verdadeiro propósito de vida pra cada um? E se apenas vivermos cada coisa que nos chega? Apenas viver...

Viver o sonho...
Viver a dor...
Viver a saudade...
Viver o amor...
Viver com o que se tem...
Viver com o que se é...
Viver a felicidade de cada dia...
Viver a vida e fazer disso o propósito das nossas vidas...

Tão simples, que parece não ser real...

Mas isso pode ser o que de mais real temos...vivendo cada coisa no seu instante...estaremos no aqui e no agora...estaremos presentes na vida que está diante de nós...